Todo mundo fala. Mas afinal, em que a obesidade afeta a sua qualidade de vida?
Qual a relação entre qualidade de vida e obesidade?
A Obesidade é uma doença crônica.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura corporal sob forma de tecido adiposo.
Esse acúmulo leva ao aumento do índice de massa corporal (IMC) em valores maiores ou iguais a 30 kg/m².
Calcule o seu IMC e veja se é o seu caso.
O que é qualidade de vida mesmo?
É o seu bem-estar físico, mental, psicológico e emocional. E positividade nos relacionamentos sociais, como família e amigos. É também a saúde, a educação e todos os fatores que somam para uma vida mais equilibrada.
E qual a relação dessa qualidade de vida com a obesidade?
As causas da obesidade são multifatoriais. Ou seja, envolvem os fatores comportamentais, ambientais, metabólicos, genéticos e emocionais. Ou seja, qualidade de vida e as causas da obesidade podem estar intimamente ligadas.
Sobretudo, o que se vê é um aumento considerável da obesidade no Brasil e no Mundo. E, consequentemente, um impacto importante na qualidade de vida. Por exemplo, fatores como depressão e ansiedade acabam afetando comportamentos. Um deles é a desmotivação que pode levar ao sedentarismo.
A alteração de um estado de estresse crônico pode levar a uma mudança do metabolismo. Nesse sentido, sob tensão hormônios que deveriam ser acionados só em situações de perigo acabam sendo produzidos em excesso. E outros, que deveriam ser equilibrados, durante uma boa noite de sono, alcançam níveis mais baixos por conta da insônia. Ou seja, vemos mudança do metabolismo e essas alterações podem contribuir para o acúmulo de gordura.
Você pode ler mais sobre metabolismo e obesidade nesse texto.
E o efeito nos relacionamentos?
Outro problema que afeta a qualidade de vida é a mudança da forma de relacionar com outras pessoas. Muitas vezes vemos pacientes chegarem ao consultório com relatos de maior isolamento social. Vimos que esses relatos cresceram durante e depois da pandemia. Assim como os níveis de obesidade aumentaram – mundialmente. Mais uma vez, o impacto pode ser um distúrbio alimentar.
Em contrapartida, muitos pacientes que se recuperam da obesidade relatam a melhora das relações interpessoais, inclusive das sexuais. E, no trabalho, uma melhora na produtividade.
A qualidade de vida e outros problemas
Falamos acima das questões hormonais. Agora, voltamos a lembrar que o risco de aparecimento de comorbidades como pressão alta, diabetes e dislipidemia é maior quando a qualidade de viva está baixa.
Qual o primeiro passo?
A princípio, o tratamento da obesidade inclui mudanças de hábitos de atividade física e alimentares associado ou não a medicação.
Contudo, recuperar a qualidade de vida significa também assumir a mudança de hábitos de vida, como prática de atividade física.
Caso estes recursos não sejam suficientes, depois de dois anos de tentativas, pode ser indicada a cirurgia bariátrica.
Avalie-se
Acima de tudo, uma forma de entender como está sua qualidade de vida é analisar as cinco condições:
- autoestima,
- atividades físicas,
- relacionamento social,
- atividade sexual,
- desempenho no trabalho.
Finalmente, uma vez que o paciente consegue se perceber nessas condições, surge a autoconsciência e a autorresponsabilidade. Dessa forma, com uma rede de apoio de amigos, psicólogos e profissionais da saúde, essa pessoa pode encontrar a motivação e a força para transformar a vontade de mudar em atitude.
Portanto, fica aqui um convite para refletir: como está sua qualidade de vida?
Enfim: quer saber mais sobre obesidade e bariátrica? Veja nossa playlist no Youtube.
