Bariátrica: plano de saúde ou particular? Este texto tira as dúvidas gerais sobre como fazer a cirurgia bariátrica das duas formas. Quais as principais diferenças?

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Primeiro critério importante é o prazo em que você quer fazer a cirurgia. 

Em geral, os planos de saúde determinam uma carência de 2 anos para esse tipo de cirurgia. 

Então, se você está com pressa de fazer e não cumpre esse critério, o jeito é esperar ou partir para o particular. 

E o que mais? Como saber como me planejar?

Cirurgias cobertas pelo plano

Outro critério importante é o tipo de cirurgia coberta pelo plano. Hoje existem diferentes tipos de cirurgia e de como realizá-las.
 
 
Todos os planos são obrigados por lei a cobrir a cirurgia por videolaparoscopia, que é menos invasiva. Ou seja, tem menos risco de infecções e uma recuperação mais rápida. No entanto, é preciso preencher alguns critérios, que vamos falar a seguir.
 
Primeiro deles: Pacientes a partir de 18 que não obtiveram sucesso no combate à obesidade com outros tipos de tratamento, por pelo menos dois anos. E que tenham obesidade mórbida há, no mínimo, cinco anos.

 
+ CRITÉRIOS PARA A CIRURGIA

  • Índice de massa corporal (IMC) entre 35 kg/m² e 39,9 kg/m²com doenças associadas, como diabetes, doenças cardíacas, apneia do sono, hipertensão…
  • Pacientes com IMC igual ou maior que 40 kg/m², sem necessariamente doenças associadas;
Critérios que o plano pode negar:
  • Pacientes psiquiátricos descompensados ou que tenham demências graves ou moderadas, com risco de suicídio;
  • Pacientes que fazem uso de álcool ou drogas ilícitas.

 
Videolaparoscopia e cirurgia por robô pelo plano de saúde

O médico também pode concluir que para aquele paciente é mais indicada a cirurgia por robótica.
 
Nesse tipo de cirurgia, um médico habilitado no procedimento consegue ainda mais precisão em cada ação, o que tende a reduzir ainda mais os riscos, em relação à cirurgia feita só por videolaparoscopia.
 
No caso de indicação de cirurgia robótica, o encaminhamento dos documentos ao plano de saúde deve incluir a especificação. E o plano de saúde, apesar de não constar a obrigação no roll da ANS, que regula o setor, também tende a seguir as recomendações do médico.

Fase de preparação

Essa é uma fase importante. Um endocrinologista é quem faz a indicação da cirurgia. E com essa indicação, o paciente segue para o cirurgião e terá que passar por uma equipe multidisciplinar para fazer uma avaliação geral.
 
E a avaliação inclui também uma série de exames: como endoscopia digestiva, ultrassom abdominal e exames laboratoriais.
 
Mesmo que você faça a cirurgia pelo particular, converse com a equipe médica para entender se esses podem ser incluídos no plano de saúde, se você tiver um

A cirurgia

A cirurgia leva em torno de 2 horas. E os custos com sala de cirurgia e materiais estão cobertos pelo plano de saúde. Caso o paciente opte por profissionais não credenciados pelo plano específico, estes podem ser pagos à parte. 

E, em casos previstos pelo plano de saúde reembolsados. É sempre bom consultar todos esses detalhes já na hora de contratar o plano de saúde.
 
O plano de saúde cobre os custos de internação. Em geral, o paciente fica de 2 a 3 dias no hospital, em observação.

No caso da cirurgia feita pelo particular, esses custos estimados estarão inclusos no valor passado pelo médico, a partir da escolha de local de realização. Mas, em casos de pequenas complicações, esse custo pode variar.
 

Pós-operatório particular e plano de saúde

O acompanhamento no pós-operatório também é responsabilidade de toda a equipe médica. Inclui nutricionista, psicólogo, cirurgião, entre outros. Se o paciente tem comorbidades, como hipertensão, pode ser necessário fazer um acompanhamento com o cardiologista, por exemplo. Se tem diabetes, com o endócrino.
 
Portanto, essas consultas também devem ser contabilizadas. É uma fase fundamental, não só para entender o sucesso da cirurgia, mas também para apoiar o paciente em uma fase de alimentação restritiva.