Fiz um estudo que foi publicado em uma revista científica, com as minhas pacientes que relataram como a vida mudou depois da cirurgia de endometriose intestinal. Confira abaixo.
Antes de tudo, vamos relembrar um aspecto importante:
A endometriose intestinal é uma doença crônica, que depende da ação do estrogênio.
E causam lesões dentro e fora do útero. Acometem, principalmente, a região do intestino e outros órgãos do abdome.
Você pode ler mais sobre a doença aqui.
Enquanto isso…
Como fica a vida depois da cirurgia de endometriose intestinal?
Primeiramente, devemos considerar:
Não são poucas as mulheres que convivem com a doença. 10 a 15% da população feminina em idade reprodutiva. E raramente o diagnóstico é feito com rapidez. Alguns demoram 10 anos.
São 10 anos com a mulher convivendo com dor diariamente, não só durante o período menstrual. Sem contar os problemas como a dificuldade de engravidar.
Como é depois da videolaparoscopia?
Esse estudo coletou dados de 43 mulheres que passaram por este tipo de cirurgia. Dessas 70% se queixavam de ter atividades diárias prejudicadas. E mais da metade com dores muito intensas. Bem como 30% se queixavam de dores durante a relação sexual.
Após a cirurgia, 100% das mulheres relataram melhora, conseguindo manter uma rotina normal. Esse é um ganho importante já que, por exemplo, os índices de falta no trabalho por conta das dores eram significativos.
Desde que fizeram a cirurgia 27(63%) das pacientes que, anteriormente, chegaram a ser afastadas do trabalho por conta da intensidade dos sintomas, dessas, 25 disseram que não sofreram mais afastamentos.
E a fertilidade?
Nesse sentido, das 43 mulheres que participaram do estudo, 10 contaram ter problemas quanto a engravidar. Inclusive, algumas já tinham passado por tratamento, sem sucesso. Dessas 6 conseguiram engravidar após a cirurgia e 4 ainda não. Contudo, como nosso estudo foi em um período curto, pode ser que esses resultados se alterem com um período maior de análise.
Em síntese, também, as observações sobre a dores e dificuldades durante as relações sexuais, 100% das pacientes disseram que melhoraram, o que indica mais uma melhora na qualidade de vida.
Por fim, quer ler o estudo na íntegra? Veja a publicação em inglês.
Ou o texto em português aqui.
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